terça-feira, 30 de março de 2010

Páscoa no Hospital

Pode haver "Páscoas", na nossa vida em que as amêndoas e os ovinhos não podem estar presentes.
Nesse caso compensamos algumas faltas, com a companhia, a inter-ajuda, os sorrisos e a amizade.
O fundamental é acreditar que outras "Páscoas" virão e que não vamos deixar nunca de pôr "Mãos à Obra"


























Não faltou também oportunidade para os mais novos entrarem em acção.













segunda-feira, 29 de março de 2010

Everybody loves Babies - Documentário

Everybody loves Babies é um documentário visivelmente deslumbrante que descreve a vida de quatro bébes à volta do mundo.Podemos acompanhar Ponijao,Mari,Bayar e Hattie, desde a sua primeira respiração aos seus primeiros passos.
Da Mongolia à Namibia, de São Francisco a Tóquio o filme descreve a primeira etapa da vida humana naquilo que tem de único e universal para todos nós.
Nos Estados Unidos saí nos cinemas a 16 de Abril.

http://www.youtube.com/watch?v=1vupEpNjCuY

Ideias de trazer por casa- Como fazer um fantoche

Depois da visita ao Museu da Marioneta e ainda inspirados pelo fascínio que estas nos provocam propomos a construção de uma marioneta em casa.
Esta é feita com ligadura de gesso e jornais, parece complicado, mas não é.
Basta seguir as instruções e depois de seca, dar asas á imaginação e pintar o seu personagem.
Instruções:
- Amachucar jornais para dar à cabeça a forma pretendida.
- Pormenores salientes como narizes, sobrancelhas, etc, devem ser feitas com pedacinhos de papel amachucado ou com a ajuda de pequenos objectos, como tampinhas e caricas.
- Cortar a ligadura de gesso em tirinhas e ir sobrepondo depois de molhadas sobre a estrutura feita em jornal.
- Sobrepor várias camadas até o jornal deixar de se ver.
- Deixar secar e pintar a gosto
















Feito por Paula Ramos (Curso de Educação pela Arte - ISPA)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia 21 de Março - Dia da Marioneta


As marionetas figuram entre as mais antigas formas de expressão popular."Estas figuras animavam outrora as festas e feiras e tanto agradavam a adultos como crianças. Como espectáculo, possibilitam um contacto imediato e espontâneo com o seu público, sendo capaz de comunicar de forma ideal junto das diferentes faixas etárias e dos grupos sociais." (TFA)
No dia mundial da Marioneta ou em qualquer outro dia, aproveite o passeio pela cidade, pare e entre no Museu da Marioneta. Não se vai arrepender e os miúdos vão adorar.

Primavera no Hospital

A Primavera chegou e entra pelo Hospital, vamos levar o som dos pássaros, o cheiro das flores e o calor de uma alegria que nasce nestas pequenas fugas em que cada um pode ser criador e autor  do "cantinho" dentro daquele espaço que por alguma razão têm que habitar durante algum tempo.
Amanhã faremos grinaldas de flores e cada um contribuirá assim, para que a Primavera, entre e se instale no seu Hospital.

Chá príncipe em São Tomé e Príncipe


Esta é a Erva Príncipe, foi o ponto de partida para uma sessão  onde cada um contribuiu com os seus conhecimentos e experiências acerca das utilizações e efeitos desta planta .
A Erva Príncipe é utilizada entre nós principalmente para fazer chá, um chá com aroma intenso e delicioso a limão.Este chá tem algumas propriedades terapêuticas que derivam de alguns princípios activos que fazem parte da sua composição.Tem efeitos calmantes, analgésicos, anti -depressivos,expectorantes e bactericidas.
Em São Tomé chamam -lhe Chá Lela,e além de servir para fazer chá pode servir também para temperar papa de fuba ou arroz doce substituindo a tradicional casca de limão.
Duma folha faz- se um lacinho que se junta na comida.
Também é costume em São Tomé, cortar a planta em pedacinhos, esfregar nas mãos e inalar, para desentupir o nariz em caso de constipações.É costume a erva ser guardada em saquinhos de algodão para secar sem ficar húmido.
Os saquinhos que fizemos serviram para guardar a planta  e para aprender escrever a palavra Chá, que não esqueceremos facilmente, pois ficará associada na nossa memória a esta tarde maravilhosa.
E porque algumas senhoras têm o dom de bordar, nasceram verdadeiras obras de arte

Ideias de trazer por casa- Jogos de Rimas

Para aprender e divertir aqui vai o poema de Luísa Ducla Soares. Podem fazer uma leitura em família e em seguida substituir algumas das palavras a negrito por outras que rimem.

A Rainha D. Urraca e a Sua Vaca 
A rainha Dona Urraca
Viajava numa vaca.
Em vez de água da fonte
Bebia leite do monte.
Em vez de hospedaria
Em cima dela dormia.
E quando a chuva caía
Sob a vaca se escondia.

A rainha Dona Urraca
Viajava numa vaca.
Nos seus cornos espetava
As malas que transportava.
A sua telefonia
Era a vaca que mugia.

A rainha Dona Urraca
Viajava numa vaca.
O pior um dia foi
Quando apareceu um boi
E a vaca apaixonada
Não quis viajar mais nada

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ideias de trazer por casa -Individual para Refeições

Para o Dia do Pai trago uma sugestão muito fácil para fazerem em casa com os vossos filhos.Dá para todas as idades e fica muito giro, além de ser prático.
Material






Recortes de revistas ( Figuras fragmentadas )








Tintas e folha de papel manteiga


Na folha são coladas as figuras Recortadas das revistas que as crianças completam com tinta ou canetas de feltro























Depois é só eles escreverem a mensagem que quiserem para o pai.
Para os que não sabem escrever podemos fazer uns carimbos de batata com letras






















Por fim não se esqueçam de plastificar com papel autocolante para o caso do pai entornar a sopa e o individual precisar de ser lavado.

terça-feira, 16 de março de 2010

Origami porque sim.

Pode ser origami, pintura,modelagem, escrever mais uma letra. Tudo são pretextos para manter a actividade, o convívio e a vontade de voltar para aprender algo novo. O objectivo é que cada uma das senhoras que pertencem ao grupo onde faço intervenção, possa experimentar todos os dias o sentimento de alguma realização pessoal.Isto é quanto basta para quem, da infância diz apenas  não conseguir  recordar nenhum momento feliz.
As  memorias  que têm bem vivas são as do tempo da roça, onde trabalharam desde meninas, dos trabalhos forçados, das noites dormidas sem condições.Apesar de tudo voltam todos os dias entusiasmadas, com a mesma força de vontade, persistência e empenho.
A alegria que exteriorizam  ajuda a dissipar as nuvens que teimam em permanecer.Não sabem pôr em palavras a atitude corajosa com que diariamente fazem frente às adversidades da vida.Mas, se a infância a encher sacas de cacau tivesse sido passada na escola, talvez  hoje pudessem ser suas as palavras: 
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vitima dos problemas
E tornar -se autor da sua própria história. (...)
 

segunda-feira, 15 de março de 2010

Analogias entre o desenho infantil e a Arte Moderna

O desenho infantil é um registo gráfico que espelha as sensações e experiência emocional da criança nas diferentes  fases do seu crescimento.
Não é um processo racional, nem deve ser dirigido de acordo com modelos exteriores de forma a não condicionar  a espontaneidade e a autenticidade que caracteriza  a forma com que a criança se exprime.
A Arte Moderna vai inspirar-se nas características do desenho infantil, antes deste sofrer influencias e ser condicionado pela escola e a sociedade.
" Quando era criança gostava de pintar como Rafael, agora que sou adulto gostaria de desenhar como uma criança"Picasso
"Devíamos ver o mundo como um recém -nascido" Paul Cézanne
"A perda da capacidade de ver o mundo como uma criança significa simultaneamente a perda de toda a expressão original"Henri Matisse
" A criança vê as coisas com olhos não acostumados e ainda possui a pura capacidade de sentir as coisas como elas são"Kandinsky
Características como a transparência, a perspectiva afectiva, a humanização,estão patentes na Arte Moderna e no Desenho Infantil.  
  

O desenho infantil é uma linguagem

O desenho é uma linguagem ao serviço da criança, numa altura em que esta, ainda não domina por completo a linguagem verbal.Devemos por isso respeitar os seus desenhos, sem tentar formatar, interpretar ou condicionar algo que representa para ela, um meio natural de expressão.

sábado, 13 de março de 2010

Ideias de trazer por casa - Fantoches de dedo

Como alternativa ao habitual passeio de fim-de-semana ao Centro Comercial proponho uma actividade para fazerem em casa com os vossos filhos. É fácil, barato e divertido.
Material para o fantoche
Pano cru
Canetas de tecido
Bocadinhos de feltro (quem não tiver jeito para costura pode colar com cola de tecido...não há desculpas!)

Material para a casinha de fantoches
Cartão
Tinta
Recortes de desenhos de criança
Depois de construídos dêem vida aos vossos personagens fazendo uma pequena dramatização.
Reservar um momento do vosso tempo e estar disponíveis para ouvir o que as crianças têm para vos dizer  é uma óptima forma de convívio  e de poder fugir à rotina do tão conhecido Programa no Centro Comercial.
Através de uma actividade lúdica simples, podem reforçar laços afectivos,partilhando emoções e sentimentos.
Experimentem e divirtam-se!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Alda Espírito Santo no Cantinho Sénior

Morreu a poetisa Alda Espírito Santo, figura de primeira linha na luta pela independência de São-Tomé. Foi presidente da União Nacional dos Escritores e Artistas São- Tomenses e ex ministra da 
Educação e Cultura.As idosas ,  conhecem  a sua história mas não a sua obra. 
Alda Espírito Santo descreve de forma  clara e simples a vida de São Tomé através de um poema seu foi possível partilhar, reviver  e recordar imagens que ficaram da infância.
Lá no "Água Grande" a caminho da roça  
negritas batem que batem co'a roupa na pedra.   
Batem e cantam modinhas da terra
Cantam e riem em riso de mofa
histórias contadas, arrastadas pelo vento.
Riem alto de rijo, com a roupa na pedra 
e põem de branco a roupa lavada.
As crianças brincam e a água canta. 
Brincam na água felizes... 
Velam no capim um negrito pequenino.
E os gemidos cantados das negritas lá do rio 
ficam mudos lá na hora do regresso...  
Jazem quedos no regresso para a roça. 

terça-feira, 9 de março de 2010

Intervenção em meio hospitalar: Dar ou Receber?

A possibilidade de construir, experimentar e criar algo de novo é, para as crianças que estão sujeitas a internamentos hospitalares, um escape e uma forma compensadora (do ponto de vista sócio-afectivo) de colmatar o afastamento e a inactividade a que têm que estar sujeitas.


As propostas lúdicas, feitas em hospitais pediátricos, não encerram um fim em si próprias mas são um processo para estabelecer laços afectivos, interacções positivas e possibilitar à criança retomar as suas capacidades criativas, a sua necessidade de agir, mexer e experimentar.


Muitas vezes a sua primeira reacção é " Eu não posso pegar na caneta porque tenho isto" e olha para a mão com a compressa e os pensos. "Não posso porque me doí as pernas!". O melhor é ir devagar e dar -lhes o seu tempo... por vezes proponho apenas que me segurem  na caneta, enquanto vou fazendo outras coisas e acreditem que, passado pouco tempo, já não resistem aos pincéis, aos papelinhos recortados, às purpurinas e às cores vivas das canetas e dos lápis. É fantástico restituir poder dar - lhes oportunidade de voltar a acreditar em si próprios.


Quando saio do hospital no final da manhã, desço a calçada até ao Metro e na minha cabeça ainda vão aquelas imagens de olhos que sorriem ao ver os materiais plásticos, das mãos que, mesmo com dificuldade, não desistem , dos sorrisos das mães, pais e avós, que voltam a ver as suas crianças em acção. E é enquanto estas imagens teimam em permanecer que me pergunto se vou ali para dar ou para receber.


Abecedários Ilustrados na Revista Pública

Os abecedários ilustrados estão entre os primeiros livros que surgiram dirigidos especificamente ao público infantil.Não funcionavam como manuais escolares pois eram destinados a ser vistos em casa, normalmente em famílias pertencentes a classes mais elevadas. Permitiam desta forma a inserção da criança no universo precoce da leitura e da escrita.

Estes livros suscitavam a curiosidade e estimulavam uma certa precocidade na aprendizagem da leitura. Tinham também um papel muito importante no reforço afectivo na relação adulto- criança, já que na maioria das vezes eram explorados em conjunto por pais e filhos. A Cartilha de João de Deus, que aí encontrou grande fonte de inspiração, tem associado o nome “Maternal” precisamente para dar ênfase a essa relação plena de afectividade, necessária à sua exploração e análise. No dia 7 de Março de 2010, a Revista Pública publicou um artigo sobre Abecedários Ilustrados. A Pública ouviu Rosário Araújo, André Letria e Paula Ramos sobre este tema.

Os actuais abecedários ilustrados, ligando as letras a palavras e frases sugestivas, estimulam a imaginação e a fantasia”, diz Paula Ramos, e acrescenta que através deles se “inicia a criança na sensibilização e gosto por uma cultura visual que pode servir também como base da educação estética e dos sentidos”. Além disso, “são pontos de partida óptimos para dinamizar actividades lúdicas na escola ou na família”. A educadora Paula Ramos destaca, por último, o papel importante que os alfabetos ilustrados têm no despertar da curiosidade nos miúdos. “A criança sabe que dentro dos livros há histórias que a fascinam. Podemos então ajudá-la a tomar consciência de que essas histórias são feitas de palavras e essas palavras são feitas de letras.” Deste modo, o miúdo irá criando interesse pelo reconhecimento das formas e sons das letras. E acabará por cantarolar o abêcê. “Da curiosidade nasce a procura, e assim teremos o terreno fértil para lançar a semente da leitura e da escrita.” É o que todos queremos, não?

(excerto da rubrica miúdos, escrito por Rita Pimenta ver aqui, na Revista Publica 07.03.10)

Serão de Contos com Cristina Taquelim e Luís Carmelo‏

Sexta - feira dia 12 de Março realiza-se na Biblioteca de Oeiras um serão de contos com a Cristina e o Luís.
Fiz uma formação com o Luís e foi uma experiência pessoal fantástica . Guardo sobretudo a frase que ele disse no inicio da formação " Não vos vou trazer nada  de dinâmico ou de inovador, como está agora na moda."
Se foi "dinâmico" e "inovador" ainda não sei , mas sei que foi uma abordagem autentica, nova, original e que permitiu que fossemos nós a ter o papel principal, na procura e na descoberta.
No dia 12 de Março, estarei lá por duas razões:
O Luís é um  personagem misterioso que nos levou ao fundo de nós sem nunca destapar o  véu que cobre o seu mundo...de si deixou sobretudo  a curiosidade de o ouvir, com toda a sua serenidade, contar uma história.
A Cristina, por enquanto, é uma construção que fiz com várias peças que fui recolhendo aqui e ali. A base é um pilar erguido sobre um testemunho comum que muita gente já partilhou comigo: " Quando ouço a Cristina contar, vêm me as lágrimas as olhos!"

Apareçam e oiçam o que vos dizem as "palavras ditas", por Luís Carmelo e Cristina Taquelim

domingo, 7 de março de 2010

Abecedário sem juízo

A é a Ana, a cavalo numa cana.
B é o Beto, quer armar em esperto.
C é a Cristina, nada fora da piscina.
D é o Diogo, com chichi apaga o fogo.
E é a Eva, olha o rabo que ela leva.
F é o Francisco, come as conchas do marisco.
G é a Graça, ai mordeu-lhe uma carraça!
H é a Helena, é preta, diz que é morena.
I é o Ivo, põe na mosca um curativo.
J é o Jacinto, faz corridas com um pinto.
L é o Luís, tem macacos no nariz.
M é a Maria, come a sopa sempre fria.
N é o Napoleão, dorme dentro do colchão.
O é a Olga, todos os dias tem folga.
P é a Paula, entra de burro na aula.
Q é o Quintino, que na missa faz o pino.
R é o Raul, a beber a tinta azul.
S é a Sofia, engasgada com uma enguia.
T é a Teresa, come debaixo da mesa.
U é o Urbano, que caiu dentro do cano.
V é a Vera, com as unhas de pantera.
X é a Xana, caçando uma ratazana.
Z é o Zé, foi ao mar, perdeu o pé.
Luísa Ducla Soares

quarta-feira, 3 de março de 2010

Projecto "MÃOS À OBRA" no Hospital D. Estefânia

O Creative People iniciou no dia 2 de Março um projecto de intervenção artística junto das crianças submetidas a internamento hospitalar no Hospital D. Estefânia.
São  objectivos do programa:
- Promover propostas ligadas à Expressão Plástica dinamizadas a partir de métodos que tornem a criança no sujeito activo no processo.
- Partindo dessas propostas incentivar um espaço onde se privilegia a experimentação e a descoberta,incentivando a actividade lúdica e criativa, apesar das condições limitadoras a que a criança pode estar sujeita devido ao internamento.
- Fomentar a interacção com os pais em todos os projectos apresentados 
  

 As actividades serão propostas a partir da reutilização de material de desperdício,para que possam contribuir simultaneamente para uma sensibilização ecológica e ambiental.